Tuesday, July 24, 2007

Youtube - Time to say Goodbye

Aí vai um vídeo de uma música que gosto muito, desde pequeno.

Mais tarde, me tornei admirador da Sara Brightman e descobri que era ela quem cantava, junto com o Andrea Bocelli.

Divirtam-se!

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Thursday, July 19, 2007

Pitacos Renânicos

Em Defesa do Equilíbrio


Renan B. Fernandes



Antes de tudo, quero contar uma história. É a história de como me envolvi nos debates entre “criacionistas” e "evolucionistas" no orkut.

Quando entrei no mundo virtual, descobri milhares de pessoas que pensavam como eu, que compartilhavam das minhas opiniões. E, também, encontrei uma pluralidade imensa de idéias. Porém, descobri uma infinidade de pessoas que não acreditavam na Teoria da Evolução das Espécies. Sinceramente, para um menino de Ensino Médio, nunca pensei haver tanta gente que desacreditasse uma idéia, para mim, tão simples. Mas logo fiquei fascinado pelos debates e pela quantidade de informação disponível neles; eram dezenas de sites, estudos, textos de diversas áreas do conhecimento, enfim, um monte de ciência que nunca sonhei existir. Apaixonei-me e caí de cabeça nas discussões. Não demorou muito para que eu começasse a estudar para participar eu mesmo dos debates, pois queria refutar os “criacionistas” com meu próprio suor.

Mas, apesar de ser “evolucionista” e saber claramente que evolução é fato e criacionismo é mito, devo dizer que minha paixão me cegou. Por mais nobre que seja uma idéia, podemos pervertê-la se a passarmos da maneira errada. E é exatamente isso que está ocorrendo: estamos passando o conhecimento de maneira completamente equivocada. Basta ler as discussões entre “evolucionistas" e “criacionistas” para entender o que eu digo.

O que era para ser uma discussão rica, na verdade se tornou uma massagem de egos. Não é raro ver “criacionistas” chamados de burros, não é incomum ver tiragem de sarro em muitos deles, que, na maior parte das vezes, o são por inocência. Não é raro ver uma discussão rapidamente se tornar uma guerra de egos. Enfim, é muito comum ver ataques despropositados e muito raro ver discussões sérias.

Lembrando que estou desconsiderando aqueles “criacionistas” que o são por oportunismo, porque sabem que estão errados, mas é conveniente enganar o povo. Estou desconsiderando também aqueles que não dão nem ouvidos àquilo que é postado, que simplesmente se fecham e não escutam o outro lado. Estou falando daqueles que muitas vezes chegam inocentemente, na ignorância, pois sempre aprenderam uma coisa e querem discuti-la, mas são recebidos com paus e pedras.

Traçado esse panorama das discussões, quero alertar para o grande problema que isso pode causar. Estou escrevendo este artigo em defesa do EQUILÍBRIO. E, naturalmente, não posso discorrer sobre esse assunto sem citar Richard Dawkins, pois ele é o cúmulo do desequilíbrio. Não vou lembrar de nenhum radical religioso, pois esses são nossos velhos conhecidos. Vou citar Dawkins justamente por ser, como eu o considero, um ateu e “evolucionista” radical. O outro lado da moeda. E deixo bem claro que não o considero radical por ser ateu ou “evolucionista”, pois sou também “evolucionista” e agnóstico, mas pela forma como expõe suas idéias. Exatamente como as discussões são conduzidas nos fóruns de orkut.

Dawkins é contra a religião. Qualquer uma de suas palestras ou vídeos são feitos de ataques e ataques (muitos deles com razão, é verdade). Agora, caro leitor, coloque-se no lugar de um religioso, que viveu a vida toda cercado de dogmas e que nunca foi ensinado a questionar. Toda a sua verdade está na religião e isso bastava para ele. Porém, essa pessoa encontra um grupo que ataca as bases de suas crenças ferozmente; muitas vezes sem respeito ou pudor. Atacando os religiosos e “criacionistas” da maneira como descrevi, céticos e “evolucionistas” parecem tão radicais como os crentes. E é ai que mora o perigo, pois o “criacionista” vai enxergar o evolucionismo (e a ciência) como outro dogma; e dogma por dogma, ele fica com o dele.

Aqui mora o centro da questão. Não podemos, em hipótese alguma, passar o conhecimento de forma dogmática, pois então estaremos nos igualando aos pseudo-cientistas e aos religiosos radicais. RADICALISMO NÃO SE COMBATE COM RADICALISMO. Radicalismo se combate com paciência e métodos. Dia após dia, um a um, devemos expor o conhecimento de forma gradual, mostrando que ele não é dogmatismo, mas que se opõe à atitude dogmática.

Então, caros amigos “evolucionistas” que se enxergam nas situações citadas acima, cuidado com seus atos. Por mais nobre que seja uma idéia, volto a repetir, é fácil distorcê-la se não soubermos passá-la adiante. Digo mais uma vez que radicalismo não se combate com radicalismo. Não nos igualemos ao que tentamos combater; não deixemos que a soberba, a arrogância e a egolatria se apoderem de nós.

Para finalizar e sintetizar, como não poderia faltar, cito Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las." Cito também Nietzsche: "Eu jamais iria para a fogueira por uma opinião minha, afinal não tenho certeza alguma. Porém, eu iria pelo direito de ter e mudar de opinião, quantas vezes eu quisesse."

É por essas e outras que sempre defenderei o EQUILÍBRIO. Sempre.

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Wednesday, July 18, 2007

Pitacos Renânicos

Sem dor nem pudor


Renan B. Fernandes


Caros leitores, hoje estou escrevendo com a mente nublada. Minha razão pode estar cegada pelo turbilhão de sentimentos que afloram; amanhã mesmo posso pedir que esqueçam tudo que escrevi. Mas preciso escrever, pois esses momentos emocionados não vêm sempre. E perdoem-me por esse assunto não ter nada a ver com o blog, mas penso ser de extrema importância.

Nesses dias, estive estudando a criminalidade. A cada ano, parece que casos mais assombrosos aparecem. Na verdade, isso se deve a dois fatores: o primeiro é o fato que a brutalidade está realmente aumentando; o segundo é que esquecemos tudo muito fácil. Porém, esse ano de 2007 parece um grande pesadelo. E 2008, certamente, vai ser um pesadelo ainda pior. A situação do Rio de Janeiro está cada vez mais insustentável; crianças são arrastadas pelas ruas até suas cabeças virarem farinha; pessoas são espancadas sem compaixão. Jovens atiram em dezenas nas Universidades. Pessoas são incendiadas...

Qualquer ser humano que possua um pingo de sangue nas veias vai se revoltar com tal situação. Os mais frios dirão que o homem é naturalmente mau, que a História nos mostra que sempre houve extrema violência. Os mais ponderados estudarão o ser humano e a sociedade e tentarão estabelecer causas para tamanha barbárie que ocorre diante de nossos olhos e não nos mobiliza a fazer nada.

A primeira causa disso tudo é nosso sistema. Podem falar o quanto quiser que esse assunto é velho e que sou um “ovinho de vermelho”, mas não sou comunista. Não sei o que sou. Só sei que nesse sistema em que vivemos, a última coisa a ser valorizada é o ser humano. Sim, o ser humano se transformou em coisa. Qualquer porcaria vale mais que ele: capital, conhecimento, técnica, desenvolvimento, papel, pneu de caminhão, gaiola de passarinho, antena de TV, taco de golf... Qualquer coisa vale mais que o ser humano.

E, assim, criamos o que apelidaram de competição. O Mundo competitivo de hoje, em que os mais bem preparados chegam lá e os outros vivem como podem, minou nossa compaixão. Todos são competidores, todos são ameaças a todos. E para que ter dó do mais fraco? As coisas funcionam assim, ele que vá estudar ou se preparar melhor. Ora essa, estamos falando de seres humanos e não de lixo! Cada pessoa tem sentimentos, e um sentimento de derrota, de humilhação pode ter conseqüências muito sérias para ela. Falo de competição na família, na escola e na sociedade em todos os seus níveis. Tudo é competição.

Os donos da verdade dirão que a natureza funciona assim, que “as coisas funcionam assim”. Quem são esses, assíduo leitor? Os neo-neo-deterministas sádicos? Se algo diferencia o ser humano do resto dos animais é o fato de ser livre, de poder escolher não seguir as regras da natureza. Não podemos voar, construímos aviões. Não podemos ver muito longe, construímos os telescópios. Se na natureza o mais fraco perde, mudemos isso. Chega dessa competição animal e cruel.

Aí então os donos da verdade dirão que é essa competição que leva ao nosso desenvolvimento. É mesmo, mas a que preço? Nunca pensei que diria isso (vocês me conhecem), mas qual o preço da civilização? Compensa construir naves-espaciais enquanto há pessoas sofrendo? Compensa desenvolver a ciência enquanto há tantos esquecidos? Não seria melhor um mundo onde desenvolvimento e humanidade pudessem se conciliar? Olhem através de suas janelas blindadas, enquanto assistem às suas TV´s de plasma, e vejam. Olhem bem e me digam: onde foi parar a compaixão? Foi assassinada pela competição. Valeu a pena? Não sei. Estou escrevendo esse artigo para questionar e não para fornecer respostas...

Nessa situação de competição se encaixam dois perfis. O primeiro é o do “favelado”. Já nasceu com a competição perdida, não possui um vislumbre de perspectiva de futuro. Não conhecem a nem a compaixão, nem um lar estruturado. São esquecidos pelo Estado e lembrados pelos hipócritas que se dizem engajados nas lutas sociais. É fácil falar isso de barriga cheia. Outros ainda preferem salvar baleias e pingüins. O Segundo perfil é o da pessoa que “pira” e sai atirando em todo mundo. É o caso do estudante Cho, onde também encontramos discriminação e patologia mental. Foi uma mistura explosiva que matou 32 pessoas. Pessoas que tinham pais, filhos, que eram amadas, que amavam.

Mas até agora falamos dos supostos “desfavorecidos”. Vamos deixá-los de lado, caro leitor, afinal são perdedores, loosers, não é mesmo?

E os bem-nascidos, de classe média alta, que possuem toda a perspectiva de futuro e os aparatos para ganhar a competição? Por que esses também botam fogo em índios, espancam pessoas, estupram sem dó nem piedade? O caso deles é diferente, mas a essência é a mesma. A possível explicação para esses fatos está num triângulo que compreende a ausência de limites, o relativismo ético e a crise da família.

A crise da família se dá por causa da destruição dos laços familiares. Famílias se fazem e desfazem do dia para a noite. Pais e mães não dão o necessário carinho e amor para os filhos porque tem que trabalhar demais, porque tem mais de uma família para cuidar. Há, entre filhos de um mesmo pai ou mãe com outro pai ou mãe, a competição por afeto e por dinheiro, ou seja, caímos na velha competitividade, onde a compaixão morre. E os pais, atarefados demais, não podem distribuir atenção para tanta gente.

Tal falta de afeto é compensada materialmente. O filhinho de papai ganha o que quer, quando quer. Faz o que quer, sem vigilância. Ou seja, não possui limites nem por parte dos pais, ausentes e complacentes, nem por parte do governo, que falha em combater os delitos. Hoje, o garoto faz o que quer, amanhã estará espancando e estuprando o quanto achar necessário.

A compensação material e a falta de convívio social (explicada por muitos fatores, inclusive a violência) fazem com que as pessoas cresçam em uma redoma de vidro. Não sabem diferenciar espaço público de espaço privado; não conseguem respeitar nem o coletivo nem o outro em sua individualidade. Aí vão tentar impor sua vontade por meios de gangues, pichação e afins.

O relativismo ético se dá por causa da crise de valores. Não há mais os grandes valores para nortear uma nação. Morreram todos os ideais e a ética foi relativizada sem pudor algum. “Eu pensei que ela era uma prostituta, então bati (porque eu acho que bater em prostituta é certo e ponto final).”

Percebam que esses jovens criados sem afeto, privados do convívio social, perdem a noção de tudo. Perdem a noção do valor de uma vida, de que as pessoas possuem outros que as amam e que vão sofrer com a sua perda. Vão batendo e não param mais.

Ou seja, nosso sistema é podre. A competição gera marginais humilhados e destrói a família. A própria violência gera meios para que ela própria cresça indefinidamente. Então, o que fazer nessa situação? Não sei. Sinceramente não sei. Às vezes penso que teremos que chegar ao fundo do poço para resgatarmos alguns valores. E precisamos resgatá-los, pois sociedade alguma se sustenta sem eles. Quanto a esse sistema desumano, penso deveríamos erradicá-lo de uma vez. Como faremos isso, não sei. Mas é necessário e urgente. O ser humano em primeiro lugar, sempre.

Espero ter conseguido expressar toda a minha angústia em relação aos fatos. É por isso que não modifiquei muita coisa no texto; se o corrigisse demais, ele iria perder o tom original, que é de indignação. Mas, como disse, esse artigo não espera fornecer respostas, mas fomentar questionamentos.

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Tuesday, July 17, 2007

Youtube - Ler devia ser proibido

Para estreiar, um vídeo Genial.

Tudo começa por este simples ato: ler, em todos os seus sentidos.

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Sejam bem vindos!

Olá caros leitores.

Meu nome é Renan, e já tenho um outro blog, destinado a tratar de Ciência e sobre a Teoria da Evolução das Espécies.

Me interesse muito pela filosofia; na verdade, estudo filosofia sem estar na faculdade e, talvez, curse filosofia no futuro.

Este blog será destinado a publicação de meus textos sobre assuntos variados, de textos de especialistas em diversas áreas e de outros assuntos relacionados à filosofia. Também vou postar sobre cinema, que é outra das minhas paixões e sobre música.

Sempre que possível, peço aos leitores para deixarem comentários sobre os textos e postagens, pois são muito importantes.

Um grande abraço,
Renan